segunda-feira, 11 de abril de 2016

Servidores terceirizados sofrem com atraso de pagamento em São João da Barra


Os funcionários das empresas terceirizadas da Prefeitura de São João da Barra têm enfrentado problemas sérios no que tange ao recebimento de seus salários devido a um outro problema de nome bem conhecido e de alta rejeição no município: Neco.

O Prefeito não tem conseguido manter suas promessas e tem atrasado os salários dos servidores públicos municipais, ainda que terceirizados, e não tem reconhecido isso. Ele alega, aos quatro cantos, que os salários estão em dia. José Amaro Martins de Souza - Neco (PMDB), recentemente, disse que ao receber a verba dos Roytalties do Petróleo, pagaria todo mundo em dia. No último dia 28 de março, ou seja, segunda-feira retrasada, entraram nos cofres da Prefeitura R$ 5.026.800,09 (cinco milhões, vinte e seis mil, oitocentos reais e nove centavos) proveniente dos royalties. No dia 08, sexta-feira passada, foi o quinto dia útil do mês de abril e os funcionários terceirizados passaram em branco. 

A reportagem do Portalozk.com apurou que, entre o dia 1º de março e 11 de abril deste ano, a Prefeitura de São João da Barra arrecadou R$ 9.896.923,94 (nove milhões, oitocentos e noventa e seis mil, novecentos e vinte e três reais e noventa e quatro centavos) referente a diversos impostos e recursos. Valor mais que suficiente para colocar o pagamento dos servidores terceirizados em dia. Mas não é de interesse de Neco. Por qual razão? As pessoas têm medo de perderem seus respectivos empregos, tendo em vista que poderão passar fome, já que o mercado de trabalho está enfraquecido. O Prefeito, portanto, prioriza os salários dos servidores concursados e de seu time político, os famosos nomeados, mantendo em dia também o pagamento das empresas mais próximas e de associações, instituições e afins, que tem ligação com vereadores e pessoas de influência em seu governo. 

O QUE FUNCIONÁRIOS TERCEIRIZADOS DEVEM FAZER?

Greve. Uma paralisação geral seria uma solução para que o Prefeito José Amaro Martins de Souza - Neco (PMDB) abrisse as contas da Prefeitura e colocasse a casa em dia, fazendo com que os funcionários terceirizados recebessem seus respectivos salários em dia. Numa paralisação geral, as firmas não poderiam demitir todos os funcionários, até porque elas estão em falta com os trabalhadores, tendo os salários atrasados. 

Além de não poder demitir por se tratar de uma falha da empresa, há outro problema. As três firmas - Limport, Átrio e M&M - não têm dinheiro para arcar com os custos das demissões. Elas não podem, também, demitir estando em dívida com o trabalhador. Então, para demitir alguém, ela teria que, primeiro, quitar o débito com o funcionário para depois demitir, arcando os custos da demissão. Ficaria caro demais para as três empresas fazerem isso e, hoje, elas não dispõem do valor para demitir. 

Na hipótese de alguns poucos funcionários serem demitidos, há ainda um seguro desemprego que garante até seis meses de renda fixa, além de um valor indenizatório pela demissão - faça seu cálculo clicando aqui e saiba exatamente quanto você receberá de indenização. 

Com a aproximação do pleito eleitoral, as pessoas tendem a perder seus respectivos medos e os vereadores, bem como o Prefeito, tendem a perder suas forças frente aos trabalhadores que têm medo de perderem seus empregos e o sustento de suas famílias. O jogo parece ter virado em favor dos trabalhadores, que agora tem a maior força de todas e podem manter seus direitos garantidos, bastando ter apenas vontade de se unir e lutar por suas causas.

No popular, é aquela famosa expressão: a tinta da caneta do Prefeito está chegando ao fim. E essa tinta que resta, não é suficiente para derrotar o povo e muito menos seguir com as perseguições. Falta tinta, falta dinheiro, falta força para isso. É o fim da era Neco.












Fonte: Portal OZK