(Foto: Ralph Braz | Blog Pense Diferente) |
A ocupação da Santa Casa de Misericórdia pela Prefeitura de Campos não foi somente um desastroso espetáculo midiático. A pantomima – suspensa pelo bom senso do juiz da 1ª Vara Cível de Campos, Elias Pedro Sader Neto e batizada por ele de “roteiro venezuelano” - resultou na morte de Bernadete Lage Pereira.
Isso mesmo. Jogada daqui pra lá e de lá pra cá como uma bola de pingue pongue, Bernadete Lage Pereira não aguentou participar como um joguete das autoridades de saúde do município. Transferida que foi para a Santa Casa junto com outros 48 pacientes e sem receber o devido atendimento, ela não suportou ao desgaste da remoção do HGG para os holofotes de um número circense encenado por dois dias na Santa Casa.
O juiz Elias bem que agiu rápido e de forma isenta – como deveriam fazê-lo todos os promotores e juízes – denunciando que a saúde administrada pela prefeita há sete anos vive situação de “calamidade pública”.
O nome de Bernadete Lage Pereira não pode ser esquecido. Quem será responsabilizado por sua morte neste show de desrespeito para com a vida? Que médico autorizou tamanha sandice? Obedeceu ele à determinação de alguma autoridade? Algum delegado já investiga isso ou acabou tudo num atestado de óbito? Será responsabilidade nominal ou será atribuída a cargos ou instituições?
Que o nome de Barnadete Lage Pereira ecoe nas cabeças dos que promoveram esta balbúrdia e povoe seus sonhos e pesadelos. Que esteja sempre com eles. Para toda a vida.
Fonte: Terceira Via