(Foto: Campos24horas) |
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a morte da menina Natasha Reis Teixeira, de 7 anos, no último sábado, dia 6, em Campos, foi crime. De acordo com o delegado titular da 134ª DP/Centro, Geraldo Rangel, a investigação agora é no sentido de definir quantas pessoas tiveram participação na morte da menina. O padrasto da menina, de iniciais M.A., figura como suspeito, já que teria agredido a menina.
Natasha morreu na madrugada do último sábado, ao ar entrada no Hospital Ferreira Machado(HFM). Familiares chegaram a suspeitar de negligência médica na Unidade de Pronto Atendimento (UPA/Guarus), já que a menina recebeu alta médica e depois piorou e foi levada para o Ferreira Machado. Além de febre alta, a menina apresentava marcas de violência, sobretudo no pescoço.
“Estamos apurando as circunstâncias da morte da menina, pois estamos diante de um fato criminoso. Não há dúvidas em relação a isso, tendo vista que o laudo de necropsia confirmou que a causa da morte foi asfixia por sufocação. Estamos apurando quem praticou a conduta, e se foi mais de uma pessoa que praticou e que veio gerar a morte da menina”, disse o delegado.
A mãe da menina, a dona de casa Glaciane Reis Teixeira, de 39 anos, moradora no Parque Eldorado, em Guarus, prestou depoimento à polícia na tarde de segunda-feira(08). Em seguida, falou ao Campos 24 Horas.
“Quem viu tudo foi minha filha mais velha. Eu estava na cozinha lavando louça e em momento nenhum eu vi nada. Ele (se referindo a seu companheiro e padrasto) bateu nela na coxa com o cinto. Estavam as duas meninas brincando e ele achou que o pé da menina de sete anos tinha batido no menino de um ano e cinco meses que estava dormindo. Eu não posso falar nada, pois quem viu foi minha filha. Eu estava na cozinha fazendo o jantar. Com medo do padrasto, a menina mais velha fugiu de casa e foi parar no Fundão sozinha. Na terça-feira, ele tinha dado um tapa nela e ficou com a marca no pescoço. Na quarta-feira, ela foi para a UPA com febre, deu que estava com a garganta inflamada”, afirma a mãe.
A polícia apura o motivo porque Natasha não foi levada para casa após ser atendida na UPA. A mãe resolveu levá-la para a casa da madrinha, no Parque Aurora.
Segundo Maria das Graças, de 60 anos (foto ao lado), moradora do Parque Aurora e madrinha de Natasha, o primeiro atendimento médico ocorreu na unidade na última quarta-feira (3) por volta das 21h, na UPA. A médica de plantão teria diagnosticado uma inflamação na garganta e receitado antibiótico e xarope. “A doutora atestou que ela estava com a garganta inflamada. Passou amoxilina e xarope e a mandou para casa”, relatou a madrinha.
Ainda de acordo com Maria das Graças, por volta de 0h deste sábado, a menina teria passado mal novamente em sua casa. Ela foi socorrida e levada para o Hospital Ferreira Machado (HFM), onde não resistiu e morreu.
Fonte: Campos24horas