(Foto: Ralph Braz) |
A Câmara de Campos aprovou durante a sessão de terça-feira (2), por unanimidade, o projeto de Lei que dispõe sobre a alteração de dispositivos da Lei 8471, que trata do reajuste de 100% da gratificação por regência de classe e o projeto de Lei que institui o novo Plano Municipal de Educação. A aprovação ocorre 15 dias após a categoria entrar em estado de greve e protestar contra o governo. Porém, a pauta de reivindicações dos professores ainda conta com diversos pontos pendentes.
Pelo projeto, os professores que estão em sala de aula passarão a ganhar R$ 300,00 de gratificação. “Ainda existem questionamentos, mas entendo que se trata de um avanço. Vivemos hoje uma crise gerada pelo governo federal e, mesmo assim, a prefeita Rosinha tem feito o possível para atender a categoria. Quem me conhece sabe da minha luta pela valorização dos professores”, disse Auxiliadora Freitas (PHS).
A bancada de oposição votou a favor do projeto, mas não deixou de fazer críticas. “Quando a matéria é importante, a bancada de oposição não vota contra. Mas não podemos deixar de fazer algumas ponderações. Esta é uma vitória parcial dos educadores que lutaram por seus direitos. O governo só enviou este projeto após os protestos. Se deixasse por conta da prefeita, não haveria avanço algum”, disse Rafael Diniz (PPS), que foi além. “Esse governo está superfaturando a crise. Se não podem atender todas as reivindicações dos professores, a culpa é da crise. Mas este mesmo governo não deixa de repassar quantias bem altas para algumas empresas”, completou Rafael.
Já o vereador Marcão lembrou que a pauta de reivindicações vai muito além da gratificação. “Os professores cobram uma melhor estrutura nas escolas, uma merenda de melhor qualidade, porteiros, vigias, merendeiras, plano de saúde, uniformes e a reposição salarial anual”, disparou Marcão.
Líder do governo na Câmara, o vereador Mauro Silva (PT do B) disse que em momento algum a prefeita “potencializa a crise”. “As perdas em 2015 já estão na casa dos R$ 520 milhões”, disse.
Tensão – Durante o debate, os vereadores Fred Machado (SD) e Abdu Neme (PR) trocaram farpas no plenário. Após Fred usar a palavra na tribuna, Abdu se sentiu atingido e voltou a pedir a palavra ao presidente da Casa. Porém, na visão de Fred, o presidente não poderia dar voz novamente ao governista. O clima ficou tenso e o vereador Rafael Diniz (PPS) rebateu Abdu Neme.
Fonte: Folha da Manhã