(Foto: Ralph Braz) |
Para a funcionária pública Fabiana Cabral, a duplicação da rodovia traz menos riscos, principalmente no momento das ultrapassagens. Ela mora em Campos e trabalha em São João, por isso faz o trajeto todos os dias. “Acho a ideia maravilhosa, porque ultimamente tenho passado sufoco com ultrapassagens dos motoristas de ônibus e quase já sofri acidente. Se houver a duplicação mesmo, posso até pensar em ir trabalhar de carro no futuro, pois vou me sentir mais segura”, contou a servidora.
Enquanto isso, quem trabalha às margens tem outra opinião. “A nossa situação aqui em São João da Barra só está piorando. Tem aparecido muita gente de fora por causa dos avanços e acho que se duplicar a BR-356 pode ser até melhor para as próximas gerações, mas pra gente que está aqui eu acho difícil”, disse o comerciante Salvador Ribeiro.
O comerciante Pedro de Alcântara, que é dono de um hortifruti, tem esperança que a duplicação não seja feita nos trechos onde atualmente existe comércio. “Pra gente vai piorar, porque pelo que falam serão 22 metros da metade da pista para os lados e com isso vai chegar na porta do meu comércio. Os carros não vão poder nem estacionar por aqui. Mas ouvi dizer que vão duplicar onde não tem comércio porque ia ficar caro indenizar todo mundo. Torço por isso”, disse o morador de São João.
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), o órgão promove um estudo para verificar a viabilidade da duplicação da rodovia, além de colher informações técnicas para determinar a melhor maneira de executar o empreendimento. Depois disso, será o momento de elaboração de projetos e execução de obras, etapas ainda a licitar. O departamento não forneceu outras informações sobre o assunto.
Priscilla Alves
Fonte: Terceira Via