domingo, 19 de abril de 2015

REFRIGERANTE COM ÁÇUCAR, ENVELHECE TANTO COMO QUANTO O CIGARRO


Se você é daqueles que puxa a orelha de um amigo ou parente quando percebe que ele está fumando, mas não consegue dizer não a um copo de refrigerante, saiba que seu hábito pode ser tão ruim quanto o dele, ao menos no que se refere ao envelhecimento das células.

Um estudo feito por Elissa Epel, que é PhD e professora de psiquiatria na Universidade da Califórnia, São Francisco, e publicado noAmerican Journal of Public Health (Jornal Americano de Saúde Pública, tradução livre) identificou que o consumo diário de refrigerante pode envelhecer as células imunes em pelo menos dois anos.

Com o intuito de analisar como funciona a relação entre o consumo de refrigerantes e doenças como diabetes, ataque cardíaco e diabetes, a pesquisadora e sua equipe estudaram dados de 5.309 adultos obtidos através do National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES, Pesquisa Nacional de Exames de Saúde e Nutrição, tradução livre), dos Estados Unidos.

O foco de estudo da pesquisa foram os telómeros, estruturas que ficam nas pontas (parte terminal) dos cromossomos de todas as células dos glóbulos brancos no nosso organismo. Telómeros menores já foram relacionados a problemas de saúde como diabetes, câncer, doença cardiovascular, menor tempo de vida e aumento do estresse.

Foi identificado que as pessoas que bebiam mais refrigerantes ricos em açúcar tendiam a ter telómeros menores. Além disso, eles concluíram que consumir cerca de 240 ml de refrigerante por dia equivale a um envelhecimento de 1,9 anos e que tomar 600 ml de refrigerante diariamente corresponde a um envelhecimento de 4,6 anos.

De acordo com os pesquisadores, a ingestão de 600 ml causa o mesmo efeito verificado na relação entre o uso de cigarro e o tamanho do telómero.

Já segundo a publicação americana Time, isso foi verificado somente nos refrigerantes industrializados e ricos de açúcar, o que não inclui os refrigerantes diet. “A dose muito alta de açúcar que podemos colocar no nosso corpo em poucos segundos após tomarmos bebidas adoçadas é singularmente tóxico ao metabolismo”, explicou a pesquisadora Elissa Epel.