(Foto: Valmir Oliveira | Folha da Manhã) |
Após o caso de Juliana Faria, de oito anos vir à tona por falta de assistência, outra denúncia envolvendo uma menina, também com paralisia cerebral, foi feita por uma mãe. A burocracia é entrave para que pessoas que dependem dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamentos especiais fiquem no sofrimento por mais tempo. Camile Vitória Ribeiro dos Santos, de oito anos, moradora do Parque Santa Rosa, tem paralisia cerebral e vem passando constrangimento segundo a mãe Carla Ribeiro, porque necessita de uma cadeira de rodas especializada para atender suas necessidades de locomoção. Nas mãos Carla só tem o protocolo do processo de 2013 quando solicitou no Hospital Geral de Guarus (HGG) o benefício, e que até agora não foi atendida.
— Minha filha é bem atendida por uma equipe de fisioterapia e fonoaudiólogos no HGG, onde faz fisioterapia duas vezes por semana. Lá me deram o encaminhamento para abrir um processo para ganhar a cadeira de rodas, mas, não consigo. No hospital e na secretaria de Saúde eles informam que estão licitando, e que o processo está andando, mas, não resolvem — afirmou Carla.
Outro requerimento protocolado por Carla para Camile foi feito em novembro de 2014, solicitando custeamento para tratamento e uma cirurgia no quadril, no Hospital Traumato Ortopedia (HTO) no Rio de Janeiro.
Outro caso — O caso de Juliana Faria, que também tem paralisia cerebral publicado na Folha nos últimos dias 15 e 16 mostra o drama de uma mãe que estava à procura do Poder Público e ficou dois dias sem conseguir os leites especiais e remédios que a filha faz uso contínuo. Após a repercussão do caso na mídia e debate em clima de revolta na Câmara dos Vereadores nas duas últimas sessões, nesta semana, o vice-prefeito e secretário de Saúde Doutor Chico esteve na casa da menina na última quarta-feira (15), com uma equipe de serviço social para tentar atender as reivindicações da mãe. Ele determinou prioridade nesse atendimento, afirmando em nota que “o quadro está sendo reavaliado e encaminhado por uma equipe multidisciplinar. Doutor Chicão falou ainda que está trabalhando dia e noite para garantir a excelência e eficácia na saúde de Campos”. “Estive com a assistente social que está acompanhando o caso ontem (quarta-feira, 15) na secretaria de Saúde e estou sendo encaminhada com minha filha para novas consultas e reiniciar os processos de que ela precisa”, disse a mãe de Juliana, Flávia Faria.
Fonte: Folha da Manhã