quarta-feira, 15 de abril de 2015

CORTE NO ISEPAM GERA MANIFESTAÇÃO

(Foto: Folha da Manhã)
Cerca de 100 pessoas, entre alunos e professores do Instituto Superior de Educação Professor Aldo Muylaert (Isepam), bloquearam, no final da tarde desta terça, metade da avenida 28 de Março, em frente à instituição, em protesto contra o corte de 80% dos professores contratados do local a partir de maio. A medida, segundo os manifestantes, teria sido anunciada durante uma sessão na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) pelo diretor de Ensino Superior da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), Fernando Mota. Em nota, a assessoria de Comunicação da Faetec disse que o caso será apurado junto à direção da unidade e que não há falta de aulas na instituição. Nesta quarta, quatro ônibus sairão do Isepam, em Campos, para o Rio de Janeiro, com objetivo de fazer um apelo para deputados na Alerj. 

Por volta das 18h, manifestantes estiveram reunidos no Parque Alzira Vargas e depois iniciaram uma caminhada até o Isepam. Com cartazes, nariz de palhaço e apitos, alunos se mostraram preocupados com a ameaça de corte dos profissionais, já que a instituição conta com 75% de professores contratados. O representante do Ensino Superior, Joel da Silva, ressaltou que essa demissão em massa seria ilegal e que vários cursos terão que ser extintos, prejudicando a grande maioria de alunos. 

— Isso é um absurdo. Os alunos não podem ficar calados e aceitar essa situação. Precisamos fazer com que todos saibam do risco que estamos passando — disse Joel, alegando também que bolsas de estudantes cotistas também sofreram redução.

Professores concursados do Isepam também afirmaram que estão revoltados com a situação e querem respostas de como apenas 35% darão conta de 6 mil alunos do ensino infantil até o ensino superior. “Alunos do 7º período de psicologia estão desesperados com essa situação. Os estudantes estão próximos de concluir o curso e as aulas poderão ser interrompidas a qualquer momento”, comentou uma das professoras concursadas do curso de psicologia, que preferiu não ser identificada.





Fonte: Folha da Manhã