(Fotos: Ralph Braz) |
A Associação Irmãos da Solidariedade passa pelo pior momento de sua história, uma vez que a Prefeitura de Campos reduziu em 25% o valor repassado para a assistência aos portadores de HIV. A informação é da fundadora e presidente da entidade Fátima Casto. Atualmente, cerca de 70 pessoas recebem atendimento na casa e 42 delas são residentes. A Associação conta com uma unidade hospitalar, com acompanhamento médico, dentário, fisioterapia, psicologia, entre outros serviços.
Segundo Fátima, de R$ 49 mil/mês, a associação passará a contar com R$ 36 mil/mês, já neste mês de março. “Temos gastos com comida, medicamentos, material de higiene e de limpeza, entre outros custos que ficarão difíceis de arcar com essa redução. Trata-se da única casa de acolhimento que abriga os portadores do vírus da Aids que não têm família. Prestamos uma ajuda ao governo municipal e, pela importância do nosso trabalho achei, que mesmo nesse momento de crise a Associação Irmãos da Solidariedade não seria atingida. Não sei como vamos ficar se essa situação não for revista. Ainda tenho esperança”, lamentou acrescentando que pretende estabelecer diálogo com o governo.
Quem quiser colaborar com a entidade pode entrar em contato pelo telefone 2733-4488.
Na primeira sessão do ano na Câmara Municipal, promovida no dia 24 de fevereiro, o secretário de Governo, Anthony Garotinho, leu uma mensagem de sua esposa, a prefeita Rosinha Garotinho, comunicando que o município passa por uma crise. Segundo o vereador Marcão (PT), o município fechou o ano de 2014 com dívidas, mesmo tendo o maior orçamento de sua história de quase R$ 3 bilhões.
Serviço de testagem de HIV retorna no Cedip
A crise afetou o serviço de testagem de HIV, no Centro Especializado de Doenças Infecto-Parasitárias (Cedip), que ficou suspenso por dois dias na última semana. Na porta do estabelecimento, situado na Rua Primeiro de Maio, no Centro, foi anexado um aviso informando que a medida é válida a partir do dia 26 de fevereiro, sem data para retorno. Nesta segunda-feira (2 de fevereiro), no entanto, o atendimento voltou à normalidade.
O motivo seria a demissão de funcionários terceirizados que prestam serviço de limpeza no local. Sem condições de funcionamento, a coordenação teria optado por suspender os serviços de testes rápidos de HIV.
Sempre respeitando o princípio do contraditório e buscando as diferentes versões para um mesmo fato, o jornal Terceira Via entrou em contato por e-mail e telefone com a assessoria de comunicação da prefeitura, sem obter resposta. Ainda assim, o jornal aguarda e publicará a versão para este fato.
Fonte: Terceira Via