(Foto: Ralph Braz) |
Há uma situação, em Campos, que desafia nosso senso de humanidade. Os transplantados renais estão à mercê da burocracia criminosa, que regula a liberação de medicamentos indispensáveis e inadiáveis. Nessa dobradinha maldita estão Estado e prefeitura. Leia o relato de um paciente que sofre na carne esse drama:
Fernando, reclamo junto ao SUS (Ouvidoria) e Secretaria de Saúde Rio, mas de nada adianta. Explicam mas não resolvem o problema e a gente fica mesmo sem medicação. Quem pode compra (minoria) quem não pode fica sem. Outra alternativa seria entrar na justiça, mas devia ser coletiva pela associação dos renais, mas tb não agem dessa forma, para não desagradar a Prefeitura, que seria o alvo direto da ação. É desaminador, restando botar a boca no trombone, o que tb não resolve. Disseram que o meu deve chegar dia 23 de março... Vamos ver. Mas todo mês é uma incerteza só e ficams na mão muitas vezes.
Fernando somos cerca de 500 pacientes renais em Campos. Muitos ficam sem diversos remédios ao longo do mês. Transplantados, creio que uns 120, e todos sofrem com falta de medicamentos. Isso vem de longo tempo. É claro que os tranplantados que ficam sem medicação correm o risco de perda do transpçlante e de complicações piores ainda, até a morte. No caso de perda de transplante com rejeição, envolve cirurgia para retirar o órgão rejeitado e retorno à hemodiálise, procedmento que custa uns R$ 180,00 por sessão X 12 no mês, o que causa um grande prejuízo ao SUS. Fornecer o medicamento, custa bem menos e não prejudica ninguém, fornecendo uma vida mt melhor para o paciente. Mas isso é Brasil. Grato pelo seu carinho, mas tudo que quero é para todos e não só para mim. Abs.
Cá comigo: Vou tratar desse assunto aqui, no blog e no face e peço ajuda a grande rede social, que já contabiliza tantas conquistas, que entre na luta. Não importa contra quem vamos lutar, mas vamos vencer em favor da Vida desses pacientes.
Fonte: Blog Fernando Leite