(Foto: Ralph Braz) |
A morte da idosa Arlete Pereira Ramos, de 66 anos, no início da tarde do último domingo (22), após passar mal dentro de casa, em Boa Vista, na Baixada Campista, gerou revolta e a denúncia de mau atendimento do Emergência em Casa. A reclamação acabou trazendo à tona também a deficiência do programa que estaria, segundo os próprios funcionários do serviço, está reduzido a menos da metade de quando foi implantado em dezembro de 2009. Das cinco bases, hoje apenas duas estão funcionando, inclusive não utilizando mais ambulâncias padronizadas do programa, mas sim da Prime, empresa contratada pela Prefeitura para o fornecimento dos veículos de socorro da rede municipal.
Ao ser implantado no primeiro ano do governo Rosinha, o Emergência em Casa era administrado por Organização Não Governamental (ONG). Na ocasião, foram implantadas duas bases na Baixada Campista, sendo uma em Baixa Grande, para cobrir as localidades de Donana a Farol de São Tomé; e a outra, em Goitacazes, que assistia aos moradores de Goitacazes ao Centro. As demais bases do programa ficavam em Travessão, para cobrir a região Norte e Nova Brasília, que absorve a demanda local e dos bairros adjacentes. Na Central de Regulação Médica (prédio anexo ao Hospital Geral de Guarus) também existiam, na época, outros dois veículos.
Segundo funcionários do programa, que preferiram não se identificar, três bases teriam deixado de funcionar há cerca de dois anos. Os dois postos que atendem atualmente ficam no anexo ao HGG e na localidade de Baixa Grande. Ainda de acordo com funcionários, existem seis ambulâncias disponíveis no programa para atender à demanda do município, das quais três são básicas — para atendimentos sem gravidade — e três Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) — utilizadas para casos em que o paciente esteja em estado grave.
O serviço pode ser solicitado pelo número 192, como alegam ter feito amigos e vizinhos da idosa que morreu.
Fonte: Folha da Manhã