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| (Foto: Montagna Filmes/Divulgação) |
O Ministério Público Federal (MPF) de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, identificou o corte indevido de um eucalipto centenário na Praça Getúlio Vargas, no Centro, onde a prefeitura iniciou a poda e corte das árvores em janeiro. Após a constatação feita por um perito do MPF da capital, o procurador responsável pelo caso requisitou nesta sexta-feira (6) a abertura de um inquérito policial para que as circunstâncias do corte sejam apuradas. A irregularidade pode configurar crime contra o patrimônio cultural. O MPF expediu ainda uma recomendação para que o corte de cinco árvores fosse suspenso e a prefeitura interrompeu todas as atividades na praça.
O corte da árvore nº 48 não estava previsto nos laudos da Universidade Estácio de Sá ou do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que realizaram estudos no local para apontar as árvores que representavam risco. Segundo o procurador do MPF que está à frente do caso, o eucalipto cortado estava, inclusive, previsto no projeto de reforma da praça. Além de solicitar a abertura de inquérito policial, o procurador ainda expediu ofício ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) solitando uma fiscalização. O objetivo é constatar novamente a irregularidade e avaliar a situação de outras árvores, para evitar novos cortes indevidos.
O MPF esclareceu que não é contra o corte dos eucaliptos que oferecem riscos à população, mas que é preciso que seja feita uma reavaliação. Segundo o órgão, a poda deve ser retomada de forma correta. A preocupação agora está concentrada em cinco árvores cujos laudos técnicos da universidade e do Iphan divergem quanto a necessidade do corte. Para o procurador, é preciso que um terceiro estudo seja realizado para definir o destino dos eucaliptos.
Em nota enviada pela assessoria de comunicação, a prefeitura informou que "as intervenções estão paralisadas desde a última quarta-feira (4) em função das chuvas, e não há previsão para reinício". A equipe de reportagem do G1 aguarda o posicionamento do município quanto ao corte indevido do eucalipto centenário.
Fonte: G1