sábado, 7 de fevereiro de 2015

CEMITÉRIO DO CAJU PODE FICAR SEM COVEIROS

(Foto: Ralph Braz)
Diante do quadro atual de demissões, ocorridas nos últimos meses em diversos órgãos da Prefeitura de Campos, uma nova situação preocupa um grupo de trabalhadores. Segundo uma denúncia, doze coveiros que trabalham no Cemitério do Caju, o maior do interior do estado, cumprem aviso prévio até o fim deste mês. O setor de limpeza também perdeu funcionários.

Temendo represália, um dos trabalhadores só se comprometeu em falar sobre a situação sem se identificar. “Estamos cumprindo aviso até o fim de fevereiro. A informação da empresa é que o contrato terminou e seremos recontratados. Não nos disseram quando isso vai acontecer. A nossa maior preocupação é saber se teremos nossos direitos garantidos e se iremos receber”.

O trabalhador informou ainda que seis dos dez funcionários da limpeza também foram demitidos. “Eles foram mandados embora antes de nós. Não sei dizer se receberam os direitos. A gente fica meio apreensivo com tudo isso”. 

No barco das demissões estão ainda 852 funcionários da empresa Angels, prestadora de serviços da prefeitura, demitidos em dezembro passado, e 575 agentes de endemias do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), demitidos em julho.

O primeiro grupo luta para ter seus direitos trabalhistas respeitados. Depois de muitas manifestações, no dia 28 de janeiro, os ex-funcionários da Angels receberam os salários referentes ao mês de dezembro. No dia 30 do mesmo mês, os trabalhadores voltaram às ruas para reivindicar o pagamento da rescisão de contrato e do vale alimentação referente aos seis dias trabalhados em janeiro, que não tinham sido pagos. Ao justificar o atraso no pagamento, a empresa informou que a prefeitura não teria repassado a verba, equivalente a R$ 12 milhões, para quitar os vencimentos. 

Depois de serem demitidos, os agentes de endemias do CCZ também se mobilizaram. Muitos desses trabalhadores alegam que as demissões também atingiram agentes que estavam doentes. Na esperança de serem readmitidos, os agentes foram à Câmara Municipal, no dia 6 de novembro, pedir ajuda aos vereadores. 

Em seu artigo, divulgado nesta sexta-feira (6), o colunista Cláudio Andrade, declara que - de acordo com o site da prefeitura - o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, noticiou, em 2014 que Campos dos Goytacazes gerou 1.402 novas vagas de emprego com carteira assinada.

O colunista observa que “devido ao descontrole administrativo causado pela Prefeitura de Campos dos Goytacazes, aproximadamente três mil pessoas na categoria dos terceirizados, sem contarmos DASs, foram demitidos”.

Ainda segundo Andrade, “dentro desses aproximados três mil demitidos, o salário varia em torno de R$ 1.200 (mil e duzentos reais) por mês. São pessoas que prestavam serviços de base e de extrema importância, como zeladoria e vigilância. Os danos com a falta desses serviços já podem ser notados devido aos inúmeros furtos em escolas públicas e recentemente, no Patronato São José”.




Fonte: Terceira Via