(Foto: Monique Malhard) |
“Nós tínhamos recebido várias denúncias de que esse sítio abrigava animais. Quando chegamos lá encontramos os bichinhos dentro de caixas de feira, apertados, sem comida e sem água”, disse Marcelo Oliveira, protetor dos animais , que flagrou a situação e fez o registro de ocorrência na 110ª Delegacia de Polícia.
De acordo com a denúncia, os maus tratos se arrastam há quase um ano e a Prefeitura de Teresópolis chegou a fazer uma fiscalização no local, sem tomar providências para o problema. “Segundo os moradores da região, as fezes, inclusive, estão contaminando a nascente do rio local, que é usada por eles para consumo e plantação”, afirmou Marcelo.
Segundo a Dra. Carla Ferrão, delegada de plantão na 110ª DP, foi feita uma perícia no sítio no dia 17 de fevereiro, onde foi constatada a denúncia de que os animais ficam expostos ao tempo, sem comida e em condições precárias. “O delegado titular, Dr. Heberth Tavares, está tentando conseguir um lugar para esses cachorros”, contou Carla, lembrando que todo o procedimento de responsabilidade da delegacia já foi feito e os laudos e documentos, com fotos e vídeos, foram encaminhados para o Ministério Público.
“Queremos salvar esses animais. Eles não podem continuar vivendo daquela forma”, explicou Marcelo que, junto com suas esposa, Fernanda Maia, está buscando ajuda de pessoas interessadas em cuidar desses cães.
De acordo com Fernanda, entre a lista de prioridades, está o “lar temporário” para a retirada imediata dos animais do sítio. “Neste universo de pessoas que conhecemos, se encontrarmos 50 pessoas dispostas a cuidar deles até suas saúdes estarem perfeitas para adoção, conseguiremos a maior vitória”, afirmou.
O grupo também pede doação de ração e apadrinhamento financeiro para realizar castração e comprar medicamentos para os animais que, em sua maioria, estão desidratados e desnutridos.
Em nota, a prefeitura de Teresópolis informou que “ a Secretaria Municipal de Saúde irá ao local para fazer uma vistoria e verificar as providências a serem tomadas”. A reportagem do G1 também entrou em contato com o Ministério Público e foi informada que a 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Teresópolis confirmou o recebimento da cópia do Registro de Ocorrência deste caso, com algumas reclamações e fotos anexadas.
“Dada a gravidade do caso, a promotoria contatou a Procuradoria do Município (o que foge de suas atribuições), para que esta intercedesse e verificasse a possibilidade de remover os animais para o abrigo municipal. Em contrapartida, o município, por meio do Departamento de Vigilância e Saúde Ambiental, ficou de visitar o local, a fim de apurar o caso”, disse trecho da nota, ressaltando que as medidas tomadas pela promotoria têm o intuito de ajudar a situação dos animais.
“No entanto, ainda não foi recebido formalmente nenhum registro de ocorrência, o que, nesse momento, inviabiliza qualquer ação criminal por parte do MPRJ”, informou a assessoria do órgão. Enquanto o município não encontra um abrigo para os animais, os cachorros continuam no local. De acordo com Marcelo Oliveira e Fernanda Maia, o objetivo é tirar os cãezinhos do local o quanto antes.
Fonte: G1
Fonte: G1