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| (Foto: Ralph Braz) |
A Câmara de Campos, que entrou de “férias” no final do ano passado e contou com apenas uma sessão extraordinária em janeiro, retoma os trabalhos este ano com a volta das sessões plenárias no próximo dia 24, às 17h. Na abertura dos trabalhos, a prefeita Rosinha Garotinho (PR) vai enviar um representante para falar sobre os planos de gestão para 2015, bem como as medidas adotadas na administração para o enfrentamento da crise econômica.
De acordo com o presidente da Câmara, vereador Edson Batista (PTB), os parlamentares terão a oportunidade de se inteirar mais sobre as mudanças realizadas pelo município, como a redução de gastos e a diminuição do número de secretarias e, possivelmente, a fusão de outras. “Na mesma oportunidade também vamos expor aos demais vereadores a questão dos ajustes que podemos fazer na Câmara para nos adaptar a este período crítico”, explicou o presidente do Legislativo. A expectativa é que a prefeita Rosinha envie ao Legislativo, logo após o Carnaval, a segunda etapa do “corte na carne”, que prevê a redução de seis secretarias e de pelo menos 300 cargos comissionados. Vale lembrar que atualmente o governo conta com 1.500 cargos em comissão, além de 214 funções gratificadas.
A volta dos trabalhos também deve marcar uma nova postura do “rolo compressor” governista, que conta com 20 vereadores. Atualmente, apesar de contar com a maioria, poucos aliados partem para o enfrentamento direto com a oposição. Inclusive, no final de 2014 o vereador Abdu Neme (PR) chegou a prometer um novo “rolo compressor”. “Vamos ter uma nova postura em 2015, com cada vereador governista ciente de todas as ações da prefeita Rosinha Garotinho. Se a oposição gosta de falar, vai ter que começar a ouvir. E cada vereador aliado vai ter que estudar e subir na tribuna para rebater”, disse Abdu.
Se a bancada governista fala em uma nova postura, a oposição, que conta com cinco vereadores, promete manter o mesmo ritmo. Inclusive, mesmo durante as “férias”, os oposicionistas não deixaram de “alfinetar” o governo. O vereador Rafael Diniz (PPS) esteve no início deste mês no Centro de Atendimento Psicossocial (Caps III). Segundo o parlamentar, foi constatado “total descaso por parte do Poder Executivo Municipal”. “Só para citar alguns problemas: péssimas instalações, banheiros em péssimas condições, falta de número suficiente de profissionais para um bom e digno atendimento, o que acaba sobrecarregando os funcionários heróis que ali atuam), inexistência”, disse Diniz, que levará o assunto para o plenário da Câmara. “Vamos comentar não só sobre o Caps III, mas também sobre Unidades de Saúde, escolas e creches que necessitam de mais atenção da Prefeitura, que deve ter outras prioridades, como milhões com festas e carros alugados”, frisou.
Fonte: Folha da Manhã