(Fotos: Ralph Braz) |
Comerciantes de Grussaí amargam prejuízos com a falta de luz que começou na madrugada do último sábado (3 de janeiro). Sem energia, o abastecimento de água também é prejudicado, embora vários moradores e veranistas contem com sistema de poços artesianos em casa. A falta de internet e do sinal de telefone celular, principalmente nos fins de semana, também estão entre as reclamações daqueles que começaram o verão desanimados.
Kelly Ribeiro é recepcionista de um restaurante e pousada que fica na Avenida Liberdade. Ela conta que as vendas do comércio caíram em 50% por causa das máquinas de cartão de crédito que não foram ser usadas.
“Só não tivemos mais prejuízos porque contamos com um gerador. Mas o outro comércio que funciona no período da noite, na mesma avenida, foi fechado antes do expediente com a falta de energia do domingo. A praia está um caos. Final de semana é muita gente e sequer conseguimos ter acesso à internet e à telefonia celular”, disse.
A sorveteria de Stefani Rangel também ficou prejudicada. Além do sorvete que derreteu, o fliperama que costumava atrair a garotada queimou com o pico de energia no domingo.
“A estratégia foi contar com o freezer extra. Nele colocamos os sorvetes mais derretidos, enquanto o restante era colocado no outro freezer que precisamos abrir para atender os clientes. Demoramos a recuperar os sorvetes. O fliperama queimou com a queda de energia, sem contar o calor. Aqui bate muito sol e trabalhar sem ventilador é uma tortura”, questionou apontando para os postes de luz da Avenida Liberdade que continuam sem iluminação.
O morador Denilson Franco Junior disse que sem luz muitos não têm água em casa. Na Bank 2, ele alimenta a população com tecnologia. “Além de vender suco, sanduíche, água de coco, entre outras coisas, disponibilizo rede Wi-Fi e essa acaba sendo a solução para quem precisa de internet”, disse.
A prefeitura de São João da Barra enviou, nesta segunda-feira (5 de janeiro) , notificação à Cedae visando a retomada dos serviços de captação, tratamento e distribuição de água. A concessionária tem três dias úteis para acatar a notificação. Caso seja negada, a prefeitura tomará as medidas cabíveis.
Fonte: Terceira Via