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| (Foto: Ralph Braz) |
Empenhado em não deixar o caso "Meninas de Guarus" cair no esquecimento, o deputado estadual Roberto Henriques, solicitou ao Ministério Público (MP), informações sobre o processo. Os crimes de cárcere privado de menores, pedofilia e prostituição foram denunciados pela imprensa campista em 2009, com a morte de duas meninas. A promotora de justiça de Campos, Renata Felisberto Nogueira Chaves, explicou que o inquérito policial do caso foi encaminhado ao juiz da 3ª Vara Criminal de São João da Barra, Leonardo Cajueiro D'Azevedo, no último dia 28 de julho, com oferecimento de denúncia, uma vez que dezessete juízes de Campos se deram por impedidos de atuar no caso.
No documento enviado, nesta quarta-feira (8 de outubro), a promotora apresentou ainda as movimentações desde quando ela assumiu a titularidade do órgão de execução e ressaltou que o procedimento tramita em segredo de justiça, razão pela qual a publicidade do conteúdo dos atos só pode ser feita com decisão judicial. Ainda assinaram o ofício os promotores Sandra da Hora Macedo e Victor Santos Queiroz.
“É um caso vergonhoso, que ficou parado muito tempo no MP. A coisa só voltou a andar, quando a promotora Renata Felisberto, assumiu o caso. Sei que ela ofereceu denúncia, mas desconheço quem ela denunciou”, observou o deputado.
Roberto Henriques estranha o silêncio do Conselho Tutelar, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Câmara Municipal e até da prefeita de Campos.
"Não vemos essas instituições se mobilizarem para cobrar uma solução. Por que essas instituições não me ajudaram a cobrar. Eu questionei o deputado Marcelo Freixo, no tempo que ele cobrava das autoridades, explicações sobre o desaparecimento do Amarildo. Perguntei sobre o caso ‘Meninas de Guarus’ e não obtive resposta”, questionou.
O deputado observou ainda, que o momento é ideal, já que o próprio Papa dá exemplo de trazer à luz os casos de pedofilia envolvendo o clero. “Por que esse caso tem que correr em segredo de justiça? A Justiça tem que tratar o caso a céu aberto e a luz do dia. Agora está nas mãos do juiz. A População de Campos espera que o MP e a Justiça prestem esclarecimentos sobre o caso. Quem morreu? Quem matou? Quem foi extorquido? Quem são as famílias dessas crianças?”, concluiu o parlamentar.
Fonte: Terceira Via