sexta-feira, 26 de setembro de 2014

OUTRO CARRO DE DEFICIENTE É REBOCADO DE VAGA ESPECIAL EM CAMPOS

(Foto: Ralph Braz)
Em menos de uma semana, dois casos de reboque supostamente irregulares de carros foram denunciados. Na última segunda-feira (22), uma professora de 55 anos teve seu veículo rebocado após estacionar em uma vaga exclusiva para deficientes físicos, na rua Barão de Miracema, no centro de Campos. Deuzenir Gomes Francisco contou que havia estacionado o carro de manhã próximo ao posto do Detran para uma perícia médica. Ao voltar, não encontrou o veículo. “Pensei que havia sido roubada. Fiquei nervosa. Cheguei a passar mal. Aí me disseram que tinha sido rebocado.” A mulher confirmou que, no chão, havia a sinalização indicando que era permitido estacionar no local. Mas Deuzenir não tinha visto que, a alguns metros, havia sido colocada uma placa informando que era proibido estacionar. “Eu não vi a sinalização porque sempre usei essa vaga. Virei peteca nas mãos deles”, disse a motorista do veículo, afirmando que teve dificuldades para liberar o carro. “Me disseram para ir ao Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), depois, à Guarda Civil Municipal (GCM). Depois de pagar tudo, fui até o posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF). É muito desrespeito”, criticou. A motorista teve que pagar R$ 136,00 de diária e reboque para retirar o veículo. “Se eu não tivesse dinheiro no dia, gastaria mais R$ 90,00 de diária. É um absurdo.”

O conflito com a sinalização aconteceu devido à interdição da ponte Leonel Brizola, durante um mês, para a realização de obras. No dia 22 de agosto, o fluxo de veículos foi liberado. De acordo com o diretor de Projetos Viários do IMTT, Paulo Dias, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece uma hierarquia de sinalização. Dessa forma, a placa proibindo o estacionamento de veículos no trecho, instalada há mais de dois meses, era preferencial quando ocorreu o fato e deveria ser respeitada. Com a liberação do tráfego na avenida José Alves de Azevedo (beira-valão), a sinalização antiga está sendo restabelecida. Paulo informou que, ainda assim, a condutora pode entrar com recurso.

Além da professora, outra reclamação na semana passada foi a do aposentado Edgar Ferreira Pinto, de 80 anos. O caso também aconteceu na rua Barão de Miracema, em frente ao hospital Beneficência Portuguesa. “Coloquei meu carro na vaga para deficientes físicos e, mesmo tendo adesivo para ocupar a vaga, ele foi rebocado”, afirmou ele, que passou pelos mesmos trâmites burocráticos de Deuzenir.

Segundo o diretor de Departamento de Trânsito do IMTT), sargento Walter Novaes, a sinalização foi retirada na terça, tanto na Barão de Miracema quanto na Alberto Torres. No entanto, ainda é possível ver a sinalização em frente ao posto do Detran.




Fonte: Folha da Manhã