(Foto: Roque Navarro/Tribuna de Petrópolis) |
Descer a Serra virou uma experiência complicada e também perigosa para os motoristas que tentam fugir dos congestionamentos e se arriscam por horários de menor fluxo, depois das 23 horas. Isto porque, apenas na madrugada da última quarta-feira, dia 23, foram registrados um total de 17 assaltos e roubos de carros na Rodovia Washington Luiz, próximo à Duque de Caxias, no sentido Rio de Janeiro.
Entre as vítimas do crime estão um casal de moradores de Petrópolis e mais dois adolescentes que também estavam no carro, além do motorista que levava a família para o aeroporto. O que deveria ser uma viagem de comemoração ao aniversário de 15 anos de um dos jovens, se transformou em momentos de desespero para a família.
Veronica Heilborn e Paulo Vitor Silva contrataram um motorista para levá-los junto com o filho de 15 anos e o sobrinho de 17 anos ao aeroporto, onde viajariam para São Paulo. O drama da família começou por volta das 4 horas da manhã, na altura do Jardim Primavera, quilômetro 109. Um veículo do tipo HB20, da cor branca, fechou o carro em que estavam e quatro homens armados iniciaram o assalto.
“A princípio, achamos que iríamos bater mas logo vimos que estavam armados, travaram nosso carro e mandaram todos sair. Todos muito armados com pistolas pretas. Meu instinto materno fez com que a minha primeira reação fosse soltar o cinto do meu filho. Saímos do carro atordoados mas ele (filho) não conseguia sair. Mais uma vez, o instinto materno me fez olhar no olho de um deles (suspeitos) e explicar que iria tirar meu filho do carro. Uma violência descabida, enorme, surreal, com a arma apontada para a cabeça das crianças. Levaram tudo, mas graças a Deus nos deixaram ir embora”, disse Veronica.
Os cinco então pularam a mureta que separa a pista e correram abaixados na direção contrária até avistarem um posto de gasolina, onde chamaram a polícia.
“Conseguimos ligar para a polícia pelo celular de um frentista do posto de gasolina. O absurdo é que em 20 minutos no local, o mesmo bando fez um arrastão no ponto de ônibus próximo onde estávamos. Cerca de 30 pessoas estavam lá e a PM não apareceu”, lamentou Paulo Vitor.
Apenas duas horas depois, uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou a escola dos três até a delegacia mais próxima, em Campos Elíseos onde a ocorrência foi registrada.
“A nossa era a 15ª ocorrência deste tipo na mesma noite. Os próprios policiais afirmaram que isso acontece com frequência no local, principalmente no trecho entre a Reduc e a Casa do Alemão, e mesmo assim nada é feito. Não vimos nas duas horas que ficamos no posto, nem no trajeto que fizemos até sermos abordados, nenhum carro de polícia. Sensação de que estamos desprotegidos, não há qualquer segurança no local”, disse Paulo Vitor.
Procurados pela equipe da Tribuna, a 60ª Delegacia de Polícia de Campos Elíseos, a delegada Fernanda Santos Fernandes confirmou que foram registradas na DP, 17 ocorrências de assaltos próximos ao trecho onde o assalto à petropolitana aconteceu. Segundo ela, este tipo de crime acontece geralmente quando escurece.
“Já temos identificados alguns dos suspeitos de cometer estes crimes que realmente aumentaram muitos nos últimos tempos. Estamos também com uma operação de ronda em dias e locais específicos que diminui este tipo de ocorrência. Mas não podemos deixar uma viatura estacionada para fiscalizar, já que este serviço compete a Polícia Militar. A orientação é que os motoristas evitem trafegar em horários de pouco fluxo”, disse a delegada.
O casal deixa um alerta para os motoristas que precisam passar pelo local após às 23 horas.
“A PRF, a Concer, a polícia civil, todos eles disseram que tivemos muita sorte porque naquela região geralmente eles agem com mais violência. Se todo mundo sabe que naquela área, uma via tão importante que dá acesso ao Rio, como pode não ter uma única viatura. Quem tiver que passar por ali, a única dica é que não faça, não descer a Serra depois das 22 horas. Estamos reféns mesmo. Não sei onde vamos parar”, lamentou Veronica em seu relato.
Entre as vítimas do crime estão um casal de moradores de Petrópolis e mais dois adolescentes que também estavam no carro, além do motorista que levava a família para o aeroporto. O que deveria ser uma viagem de comemoração ao aniversário de 15 anos de um dos jovens, se transformou em momentos de desespero para a família.
Veronica Heilborn e Paulo Vitor Silva contrataram um motorista para levá-los junto com o filho de 15 anos e o sobrinho de 17 anos ao aeroporto, onde viajariam para São Paulo. O drama da família começou por volta das 4 horas da manhã, na altura do Jardim Primavera, quilômetro 109. Um veículo do tipo HB20, da cor branca, fechou o carro em que estavam e quatro homens armados iniciaram o assalto.
“A princípio, achamos que iríamos bater mas logo vimos que estavam armados, travaram nosso carro e mandaram todos sair. Todos muito armados com pistolas pretas. Meu instinto materno fez com que a minha primeira reação fosse soltar o cinto do meu filho. Saímos do carro atordoados mas ele (filho) não conseguia sair. Mais uma vez, o instinto materno me fez olhar no olho de um deles (suspeitos) e explicar que iria tirar meu filho do carro. Uma violência descabida, enorme, surreal, com a arma apontada para a cabeça das crianças. Levaram tudo, mas graças a Deus nos deixaram ir embora”, disse Veronica.
Os cinco então pularam a mureta que separa a pista e correram abaixados na direção contrária até avistarem um posto de gasolina, onde chamaram a polícia.
“Conseguimos ligar para a polícia pelo celular de um frentista do posto de gasolina. O absurdo é que em 20 minutos no local, o mesmo bando fez um arrastão no ponto de ônibus próximo onde estávamos. Cerca de 30 pessoas estavam lá e a PM não apareceu”, lamentou Paulo Vitor.
Apenas duas horas depois, uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou a escola dos três até a delegacia mais próxima, em Campos Elíseos onde a ocorrência foi registrada.
“A nossa era a 15ª ocorrência deste tipo na mesma noite. Os próprios policiais afirmaram que isso acontece com frequência no local, principalmente no trecho entre a Reduc e a Casa do Alemão, e mesmo assim nada é feito. Não vimos nas duas horas que ficamos no posto, nem no trajeto que fizemos até sermos abordados, nenhum carro de polícia. Sensação de que estamos desprotegidos, não há qualquer segurança no local”, disse Paulo Vitor.
Procurados pela equipe da Tribuna, a 60ª Delegacia de Polícia de Campos Elíseos, a delegada Fernanda Santos Fernandes confirmou que foram registradas na DP, 17 ocorrências de assaltos próximos ao trecho onde o assalto à petropolitana aconteceu. Segundo ela, este tipo de crime acontece geralmente quando escurece.
“Já temos identificados alguns dos suspeitos de cometer estes crimes que realmente aumentaram muitos nos últimos tempos. Estamos também com uma operação de ronda em dias e locais específicos que diminui este tipo de ocorrência. Mas não podemos deixar uma viatura estacionada para fiscalizar, já que este serviço compete a Polícia Militar. A orientação é que os motoristas evitem trafegar em horários de pouco fluxo”, disse a delegada.
O casal deixa um alerta para os motoristas que precisam passar pelo local após às 23 horas.
“A PRF, a Concer, a polícia civil, todos eles disseram que tivemos muita sorte porque naquela região geralmente eles agem com mais violência. Se todo mundo sabe que naquela área, uma via tão importante que dá acesso ao Rio, como pode não ter uma única viatura. Quem tiver que passar por ali, a única dica é que não faça, não descer a Serra depois das 22 horas. Estamos reféns mesmo. Não sei onde vamos parar”, lamentou Veronica em seu relato.
Fonte: Tribuna de Petrópolis