(Foto: Ralph Braz) |
A violência nas praias de São João da Barra está assustando moradores e veranistas que, na alta temporada, buscam paz e tranquilidade.
Desde o primeiro dia deste ano, o número de crimes vem crescendo assustadoramente e, com medo, muitas pessoas já desistiram de terminar o verão no litoral.
No dia 1º de janeiro, um homem foi encontrado morto, possivelmente degolado, na praia de Chapéu do Sol. No mesmo dia, durante o show de réveillon, uma troca de tiros feriu três pessoas.
No dia 12, duas pessoas foram assassinadas dentro de um carro, na Estrada da Figueiras, também em Grussaí.
Já no último sábado (18), um jovem, de 16 anos, foi baleado e morreu menos de 24 horas depois de ser socorrido e levado para o Hospital Ferreira Machado(HFM).
Para se ter uma ideia, em janeiro de 2013, apenas um homicídio foi registrado em todo o território sanjoanense. Nos 20 primeiros dias deste ano, pelo menos quatro aconteceram nas praias de Grussaí, Atafona e Chapéu do Sol. Ou seja, a quantidade de pessoas assassinadas quadruplicou.
Mas a violência em São João da Barra não se restringe a homicídios. Pelo contrário. A quantidade de roubos e furtos ocorridos nas praias sanjoanenses está afastando alguns veranistas. Este é o caso de José Rosenberg, que foi surpreendido por ladrões enquanto participava de um luau em Grussaí. Segundo ele, os momentos o impediram de voltar à praia. “Tão cedo eu não quero voltar a Grussaí. Eu e meus amigos vivemos minutos de terror e até agora nada foi feito. Meu verão acabou”, desabafou.
Na última segunda-feira (20), bandidos armados entraram em um ônibus da empresa Campos Tur e roubaram R$ 750,00.
Apesar dos números que evidenciam a insegurança, a Polícia Militar garante que há policiais suficientes para proteger os moradores e veranistas. Por telefone, o comandante do 8º BPM, Tenente Coronel Sabino, reafirmou que a quantidade é suficiente, mas disse que pretende reforçar o efetivo.
A equipe de reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação de São João da Barra para saber se há algum projeto que vise ajudar a polícia a reduzir estes números, mas até o momento, ninguém respondeu.
Fonte: Terceira Via