Bancários de todo o país decidem nesta sexta-feira se aceitam a nova proposta da Febaban, a federação dos bancos, para por fim a greve que completa hoje 23 dias. Os bancos oferecem agora 8% de reajuste salarial, sendo 1,82% de aumento real. O comando de greve disse que está orientando os sindicatos regionais a votarem a favor da nova proposta nas assembleias que acontecem entre hoje e segunda-feira, quando os trabalhadores deverão retornar aos locais de trabalho.
O presidente do Sindicato do Rio, Almir Aguiar, que participou da mesa de negociação na reunião que entrou pela madrugada, disse que os bancos só avançaram na proposto porque a categoria estava unidade e manteve a mobilização durante esses 23 dias de greve. O sindicato convoca a categoria para uma assembleia ainda hoje, às 18h.
- A proposta dos bancos só avançou porque a categoria realizou uma heróica greve nacional e mostrou que a unidade é imprescindível do início ao fim da campanha salarial - disse ele. - Após a maior greve dos últimos 20 anos, passeatas e seguidas vitórias do Sindicato contra os interditos proibitórios dos bancos, conquistamos avanços na proposta apresentada ontem pelos patrões. Tivemos uma negociação desgastante, mas acredito que chegamos ao que foi possível. Não há dúvidas de que a greve garantiu avanços, e o importante agora é mantermos a unidade nacional e seguirmos a orientação do Comando Nacional, que defende o fim da greve e a aprovação das propostas - completa Almir.
A nova proposta dos bancos, apresentada após o 22º dia da greve, que fechou 12.140 agências em todo o país, incluiu ainda 8,5% de reajuste no piso salarial (2,29% acima da inflação), 10% sobre o teto da parcela individual da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e mais uma elevação de 2% para 2,2% do lucro líquido que será distribuído na parcela adicional da PLR.
Fonte: O Globo