Como perder uma fortuna de US$ 34,5 bilhões em um ano’. A frase, impressa sobre uma foto de Eike Batista, estampa a capa da edição desta semana da revista Bloomberg Businessweek. A matéria narra a trajetória do empresário brasileiro desde o otimisom que envolvia sua petroleira OGX até a crise que atingiu a empresa, desestruturando o grupo EBX.
"No que se anuncia como um dos maiores colapsos financeiros e pessoais da história - se não o maior -, Eike pode estar chegando a falência", afirma a revista.
Cruel, o texto brinca com a atual situação do empresário: "Dizem que o papa Francisco planeja voltar ao Brasil em breve e visitar os pobres de novo - incluindo, dessa vez, Eike Batista".
A longa reportagem aborda detalhes do império construído, da ascensão à queda do empresário - que se negou a dar entrevistas para a publicação sobre a crise. O uso da letra X, por exemplo, símbolo da multiplicação dos seus negócios, é destacado.
Os problemas que abalaram a petroleira OGX fizeram com que a MPX, empresa mais saudável do grupo, se tornasse a primeira companhia do grupo sem a característica mais marcante, após a troca de nome para Eneva - o intuito era minimizar o vínculo com Eike.
O evento mais marcante dos problemas enfrentados por Eike foi o calote anunciado pela OGX. Nesta semana, a empresa divulgou ao mercado que não pagará US$ 45 milhões aos seus credores, aproximando a companhia de uma possível recuperação judicial, afirmam analistas.
O empresário Eike Batista, que já foi o sétimo homem mais rico do mundo segundo a revista americana “Forbes”, deixou de ser bilionário. Nos cálculos da publicação, a fortuna do empresário está avaliada hoje em US$ 900 milhões. Quando atingiu a sétima colocação no ranking mundial de bilionários da “Forbes”, em 2012, Eike era dono de US$ 30 bilhões.
Fonte: O Globo/ Exame