Convocados pelo movimento Educadores de Campos em Luta, os professores da rede municipal de Campos decidiram ontem à noite, em assembleia realizada no auditório da Universidade Federal Fluminense (UFF), cruzar os braços no próximo dia 30 de agosto, em adesão à paralisação nacional e pelas reivindicações junto ao poder público municipal. Cerca de 400 compareceram à assembleia, segundo a assessoria.
O movimento, ao que parece, surge como uma dissidência do Sepe, alegando que a entidade não estaria representando a categoria como deveria.
Abaixo, todas as revindicações da categoria:
1- Aumento do piso salarial que ano a ano vem se defasando;
2- Inclusão de 40% de regência sobre o salário base para todos os professores;
3- Revisão do plano de cargos e salários e de letras;
4- Incorporação ao piso salarial, da gratificação da graduação e da pós-graduação;
5- Retorno dos 3% a cada 40 horas de curso anual:
6- Cumprimento e implementação da lei federal 11.738/2008 (que estabelece que 1/3 da carga horária seja reservado para planejamento):
7- Aumento do vale alimentação para R$ 400,00;
8- Eleições para diretores de escolas, já;
9- Inclusão dos dependentes no plano de saúde;
10- Reabertura das escolas públicas no campo com professores concursados e transporte gratuito para alunos oferecidos pela prefeitura de Campos;
11- Convocação dos professores aprovados no último concurso.
Ainda, durante a assembleia vários professores tiveram a oportunidade de expor demais propostas, da mesma forma que muitos desabafaram sobre diversas situações enfrentadas e degradantes, entre elas, a falta de respeito que estariam sofrendo por parte da administração municipal que, segundo eles, nega direitos do servidores como a não liberação de licença especial, além da falta de infraestrutura nas escolas, o que impede o exercício profissional de qualidade por parte da maioria dos professores, salas superlotadas e multisseriadas e alunos com diversos problemas. “O movimento reconhece que por muito tempo, os professores municipais de Campos ficaram adormecidos, mas, com o efeito das grandes manifestações que têm ocorrido pelo país, bem como o exemplo do Movimento Educadores da cidade de Macaé, que tem sido destaque pela luta substancial que fez com que os professores conquistassem vitórias ao se mobilizarem e indo para as ruas com cartazes e unidos pelo mesmo ideal e cuja categoria é considerada uma das que tem o maior piso salarial (2.179,99) do Norte Fluminense. E, assim sendo, acabou por contagiar o movimento em Campos para acordar e partir para a luta também”.
Fonte: Blog Em Tempo (de Cilênio Tavares/ Folha da Manhã)