(Foto: Folha da Manhã) |
A segunda manifestação promovida pelo movimento “Cabruncos Livres” dobrou o número de participantes. Cerca de cinco mil pessoas caminharam pelas ruas de Campos e deixaram claro que a onda vai crescer ainda mais. “Não vamos parar por aqui. Já dobramos o número de pessoas e essa onda vai crescer”, disse uma das manifestantes em um pequeno trio elétrico. Após o ato, os organizadores deixaram claro que diversas reivindicações serão debatidas. A principal delas é a transparência na aplicação dos royalties.
Antes de saírem em passeata, manifestantes hostilizaram membros de partidos políticos como PT, PSTU e PCB, e houve discussões. No trajeto até a Câmara, bombas ‘cabeça de nego’ foram lançadas no meio da multidão na Avenida Alberto Torres e dois rapazes tentaram pichar a fachada da Faculdade de Medicina de Campos (FMC).
Assim como ocorreu na primeira manifestação, os jovens eram maioria. Porém, no ato de hoje, pessoas de todas as idades aderiram ao movimento.
Confusão — O único incidente ocorreu no trio elétrico, diante da Câmara de Campos, após o advogado Maurício Costa tentar se pronunciar. Aos gritos de “Ih fora”, ele desceu do trio e teria sido agredido por manifestantes que gritavam “é o advogado de Garotinho”. Em entrevista, o advogado desabafou. “Sou advogado de quase toda cidade, já defendi várias causas até mesmo do MST. É provável que tenham pessoas boa índole, mas fui agredido por marginais. Eles são mais ditadores que a própria ditadura”, disparou Maurício.
Os manifestantes foram à sede da Prefeitura, que está tomada por policiais militares e guardas civis municipais, já que há boatos de que um grupo estaria preparado para atos violentos e depredação do patrimônio público.
Fonte: Folha da Manhã