terça-feira, 30 de abril de 2013

IMPRENSA AGREDIDA NA APURAÇÃO DO CARNAVAL DE CAMPOS NO CEPOP

(Fotos: Carlos Grevi/ Ururau)

O que tinha tudo para terminar em festa e comemoração por mais um desfile no Centro de Eventos Populares Osório Peixoto, o Cepop, acabou com cenas lamentáveis e agressão por parte de integrantes da Escola Madureira do Turfe a componentes da comissão julgadora e membros da imprensa, como o fotógrafo Carlos Grevi, do Site Ururau, que foi agredido fisicamente por um diretor da escola.



“Tudo lamentável. Anos de profissão e não havia passado por isso. Entendo que na nossa profissão pode até ocorrer essas coisas, mas nosso papel é de registrar e apenas isso que estávamos fazendo. Não podem tentar nos coibir de cumprir nosso trabalho. A nossa sorte foi que o companheiro Isaque, da TV Record, nos protegeu, porque se não poderia ser ainda pior. Não consigo entender como que tantos guardas presentes e ninguém conseguiu conter ele, que estava visivelmente descontrolado. Carnaval e futebol tem dessas coisas, mexem com a nossa emoção, mas temos que ter controle e esse tipo de coisa mancha o trabalho legal que todos fizeram”, declarou Carlos Grevi. A Câmera do Ururau foi danificada pela ação do componente.

O fotógrafo Jocelino Rocha (Check), também foi agredido. “Fui oferecer água ao rapaz que estava exaltado e ele jogou a garrafa no meu rosto”, lamenta Check.

A confusão teve início no momento em que o cinegrafista da Inter TV, Gérson Gonçalo fazia de dentro da avenida a cobertura de imagens registrando a manifestação dos torcedores, tanto daqueles que comemoravam quanto os que, insatisfeitos, desferiam sua fúria contra os organizadores do Carnaval.




O cinegrafista ficou protegido por guardas municipais, mas era apenas o início de grande confusão. “Jogaram pelo menos cinco latas em mim”, conta.

O integrante Ézio Júnior da diretoria da Madureira do Turfe conseguiu pular as grades de proteção e invadiu a pista até chegar onde estava a comissão julgadora. Ainda não havia chegado ao fim a apuração. No momento da confusão estavam sendo anunciadas as notas do quesito comissão de frente. Os papeis contendo as notas foram jogados no chão. Mesas e cadeiras também foram jogadas para o alto.

Depois de cerca de 15 minutos os guardas municipais conseguiram conter a fúria do primeiro integrante que furou o bloqueio que já estava acompanhado de vários outros.

O alvo parecia ser o presidente das Escolas de Samba de Campos (Aesc) Ariel Chacar, que teve que sair escoltado do local.



Somente depois de serem retirados do local do anúncio dos resultados, a apuração foi retomada até o anúncio do título da Mocidade Louca do carnaval 2013.

O secretário de Cultura do município, Orávio de Campos, comentou sobre o ocorrido: "O alimento do carnaval, faz com que as pessoas fiquem ensandecidas. Dentro do nosso projeto, há a profissionalização do carnaval, mas não se muda a mentalidade das pessoas de um ano para o outro. O forte do carnaval é para que seja um momento de confraternização e não de discórdia".

A Polícia Militar foi acionada e quatro viaturas chegaram ao local, mas os integrantes foram para casa numa boa em carros particulares. 




Fonte: Ururau