(Foto: Reprodução Facebook ) |
Dois dias após a tragédia que matou 234 pessoas em boate na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, autoridades do município de Campos se reuniram, no final da tarde desta terça-feira (29/01), em uma comissão instituída para fiscalizar e garantir a segurança nas casas de show da cidade. Cerca de 30 estabelecimentos do Norte Fluminense foram identificados e apresentados pelo Corpo de Bombeiros Militar como impróprias para funcionamento. O encontro aconteceu na Câmara de Vereadores de Campos.
Estiveram presentes o Promotor Público Estadual Marcelo Lessa, o presidente da Câmara Édson Batista, o presidente da Comissão, o vereador Fábio Ribeiro, o secretário de Defesa Civil, Henrique Oliveira, o coordenador de Segurança e Ordem Pública, Alcemir Pascoutto, o chefe de Fiscalização e Postura Ribamar Lima e vereadores, que compõem a comissão Alexandre Tadeu e Thiago Virgílio, Gil Viana, Paulo César Genásio e Aloncimar Pessanha.
Segundo o vereador e presidente da Comissão Fábio Ribeiro, cerca de 30 casas de show não estão aptas para funcionamento. Levantamento prévio, feito pelo Corpo de Bombeiros, aponta que existem em Campos 57 casas de shows noturnas, dentre elas 19 estão com pendência de documentação e 13 serão fiscalizadas imediatamente.
Segundo o vereador Alexandre Tadeu, em postagem feita no Facebook no início da noite desta terça-feira (29), em levantamento preliminar feito pelo Corpo de Bombeiros revela que treze casas de shows irregulares em Campos, são eles: Lord Pub, Apaloosa, Arena Mix, Absolut, Oca do Samba, Big Field Guarus, Stillus, Playman, Beach Club, e Picadilly.
Já em São João da Barra, estão irregulares: Havana Beach (Grussaí), Canto do Meio (Chapéu do Sol) e Bola da Vez (Atafona).
Grupo de trabalho da CÂMARA DE VEREADORES DE CAMPOS, se reuniu com representantes do MINISTÉRIO PÚBLICO, DEFESA CIVIL, POSTURA, SEGURANÇA E CORPO DE BOMBEIROS para rever legislação sobre segurança em casa de shows da cidade de Campos.
O tenente do 5°Grupamento Bombeiro Militar (GBM) em Campos, Thomas Dutra, explicou que toda edificação necessita ter o Certificado de Aprovação e o Certificado de Registro, obedecendo todas as exigências para estar apto ao funcionamento.
“Para dar entrada nesse documento é gerado um laudo de exigência, contendo o que a edificação precisa fazer para se adequar em questão de segurança, seguindo o Código de Segurança contra Incêndio e Pânico (Cosip), que é a lei estadual que normatiza toda essa questão no Estado do Rio. Cada estado tem a sua”, disse o tenente completando que o Corpo de Bombeiros orienta os proprietários sobre o que eles precisam alterar, para a edificação ficar totalmente adequada, e só então depois disso, dar entrada no Certificado de Registro.
“Para realizar shows e eventos, o proprietário tem que dar entrada no Certificado de Registro, válido por um ano, e é nesse que especifica a quantidade de pessoas para o evento. São exigidas medidas como saída de emergência, sinalização e extintor de incêndio. E depois, a gente vai até o local fazer vistorias e verificar se o material utilizado tem retardante às chamas”.
De acordo com o tenente, tragédias como essa que abalou todo o país, podem ser evitadas se os proprietários de boates, casas de shows, estádios, shoppings, cinemas e supermercados obedecerem ao limite de público estimado para cada edificação, sempre mantendo a manutenção dos equipamentos de prevenção como sinalização das saídas de emergência, extintores de incêndio sempre dentro da validade e todos os demais equipamentos de segurança. Além dessas medidas, os tratamentos acústicos dos locais devem possuir tratamento retardante às chamas, que também é uma exigência dos Bombeiros.
Fonte: OZK / Ururau/ Facebook