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| (Foto: Claudio Carneiro) |
Depois de uma viagem aérea, com escala em Campos, um dos espaços mais disputados pelos viajantes é o banheiro. Disputado porque, no aeroporto Bartolomeu Lyzandro,em Guarus, dois mictórios estão interditados, motivo para filas.
“Tive que esperar um colega sair do banheiro para eu poder usar. Quando entrei, vi o problema: dois mictórios estavam interditados e os outros sanitários estavam ocupados”, contou José Antonio Santos de Jesus, 44 anos.
O usuário do aeroporto trabalha embarcado em uma plataforma de Petróleo na Bacia de Campos. No estado do Espírito Santo, ele e um grupo de colegas embarcaram em uma aeronave para Campos. Na cidade, eles aterrissaram para aguardar o abastecimento do avião e constataram o estado de abandono no aeroporto.
“Os aeroportos de Macaé e Cabo Frio são bem mais estruturados. Aqui é muito pequeno, o banheiro não tem estrutura para comportar todos os usuários”, desabafou o marinheiro Rodrigo Vasco. Outros usuários afirmaram já terem presenciado esgoto a céu aberto no pátio e superlotação no aeroporto em dias de embarque e desembarque de petroleiros.
O aeroporto passa por um processo transitório. Há exatos 30 dias, a superintendente Sônia Paiva entregou o cargo para o substituto Arley Machado. Além disso, a prefeitura de Campos já deu início a processos para municipalizar o espaço. A negociação estaria tramitando em Brasília.
Apesar disso, os problemas persistem. O aspecto de abandono também foi notado no banheiro feminino por uma equipe do Jornal Online Terceira Via. Rachadura nas paredes, portas e revestimentos em madeira em condições precárias.
O movimento no aeroporto bateu recorde ano passado e recebeu quase 78 mil passageiros e 13 mil aeronaves. As operações triplicaram em relação a 2011, segundo dados levantados pela Infraero que, ainda, administra o local.
A equipe do jornal Terceira Via foi recebida no gabinete do novo superintendente e encaminhada para a Assessoria de Imprensa da Infraero. Responsáveis pelo departamento ainda não se pronunciaram sobre os questionamentos.
Fonte: Terceira Via