Em matéria postada no site da Prefeitura de Campos no dia 03 de dezembro desse ano (semana passada), com o título “Novos aprovados no concurso se apresentam na prefeitura”, a autora do texto insinua que as 1.028 vagas oferecidas no edital do Concurso realizado nesse ano foram preenchidas pelos concursados, cumprindo a Prefeitura com o seu papel de prover seu Quadro de Servidores Efetivos com profissionais devidamente aprovados em certame público.
Vejamos um trecho dessa matéria: “Esta é a terceira convocação feita pelo município e, com ela, a prefeitura conclui o preenchimento das 1.028 vagas disponíveis. Na primeira chamada, foram preenchidas 30% das vagas nas mais variadas funções; na segunda chamada, foram preenchidas mais 40% destas vagas.”
Acontece que essa informação é uma mentira, ou podemos dizer, de forma mais generosa, que se trata de uma meia-verdade.
O fato é que após cinco meses da homologação do resultado do concurso, somente os aprovados na primeira convocação_ cerca de 30% das 1.028 vagas_ tomaram posse e estão efetivamente trabalhando nas repartições públicas do município. Os outros 70% dos aprovados ainda não foram nomeados e não tomaram posse, portanto, ainda não se tornaram servidores municipais e não preencheram as vagas existentes como quis dar a entender a matéria do site da Prefeitura.
Mais uma vez o site da Prefeitura de Campos promove um desserviço à comunidade, tentando passar falsas informações, ou alimentando uma falsa imagem de seriedade a esse (des)governo que aí está, referendado por mais de 60% da população campista.
Muito se especula sobre os motivos de tanta demora na posse dos concursados de 2012. A SEPLAG diz que a burocracia faz com que as coisas demorem mesmo. Outros dizem que essa é mais uma evidente demonstração do descaso desse governo com os servidores concursados. Há quem diga também que a prefeitura não tem dinheiro para pagar os novos concursados. Enfim, a verdade é que as vagas estão aí, ociosas, existentes; muitas escolas que ficaram sem aula o ano todo_ inclusive algumas creches_ poderiam ter recebido novos servidores para suprir suas demandas; muitos postos de saúde e hospitais poderiam ter recebido também novos médicos, enfermeiros, etc. Mas ao invés disso, mais de 700 profissionais aprovados no concurso de 2012 estão em suas casas, agoniados, esperando a convocação para posse de seus cargos na Prefeitura. Vão passar o Natal e as festas de fim de ano na ansiedade e expectativa, sem saberem ao certo quando serão finalmente convocados para começarem a trabalhar.
Da segunda chamada desse concurso, os profissionais já fizeram os exames admissionais e nada impede que sejam convocados para assumirem seus postos. Nada justifica a demora da Prefeitura em dar posse a esses profissionais que representariam mais 40% dos aprovados no concurso. O terceiro e último grupo chamado, que se apresentou na semana passada, ainda fará os exames admissionais. Ou seja, essa novela está longe de um fim.
Enquanto isso a Secretária de Educação e a Procuradoria do Município_ além do deputado-prefeito e de seus asseclas_ põem a culpa dos péssimos serviços públicos prestados pela Prefeitura (especialmente nas áreas fundamentais da Educação e da Saúde) nas decisões e nos processos judiciais que a Prefeitura vem respondendo.
Até quando isso vai durar? Será que o TSE não vai nos salvar desse governículo medíocre? A Saúde um caos, a Educação uma tragédia, enquanto isso profissionais (chefes de família) devidamente concursados não tem a menor previsão de quando efetivamente vão poder trabalhar e dar a sua contribuição para melhorar esse quadro desastroso.
E o REDA? E os funcionários comissionados que não recebem desde novembro? E o FGTS? É uma lástima esse governo de mentira, que ao invés de pintarem o futuro dessa cidade de rosa (que pode representar ventura), pintaram é de negro!
Os concursados não aguentam mais esperar. Tudo o que querem é começar a trabalhar de um vez, para que possam em contrapartida colher os frutos de seu trabalho digno. Mas como nem tudo são flores, Papai Noel passa longe dessa Prefeitura nefasta.
Luiz Oliveira.
(Pai de um concursado)