terça-feira, 13 de março de 2012

A HISTÓRIA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

(Fotos: Reprodução/ Blog Campos Fotos)
Inaugurada em 25 de julho de 1790, junto a esta igreja havia sido estabelecido um hospital (Santa Casa de Misericórdia), com seu compromisso aprovado pela rainha de Portugal, Dona Maria I, em 1791. A Igreja pertencia à Irmandade de Nossa Senhora Mãe dos Homens e funcionava como capela da Santa Casa de Misericórdia de Campos.





A Irmandade é bastante antiga e é fruto típico do regime do Padroado. Já funcionava em 1786 na Igreja Matriz de São Salvador (igreja que deu lugar à atual Catedral-Basílica) como entidade religiosa e cívica. Os "irmãos" resolveram ter sua sede (igreja) própria e, em terreno doado pela Câmara Municipal na própria praça da matriz (Praça São Salvador), iniciaram a construção da Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens, onde em 1790 já se realizavam os serviços religiosos. Foi edificado um hospital, com poucos leitos, junto da Igreja, e um cemitério, na parte de trás do terreno. A Rainha de Portugal Dona Maria I, mãe de Dom João VI, foi quem aprovou em 1792 o compromisso da Irmandade em formar a Santa Casa de Misericórdia como hospital beneficente, exemplo concreto da caridade operante das antigas irmandades religiosas.



Ao fundo da foto o prédio da Santa Casa 
A Igreja se situava na parte da Praça São Salvador, na proximidade do Rio Paraíba, naquela que ficou conhecida como Praça das Quatro Jornadas, fazendo esquina com a "Estrada do Saco", atual Av. Alberto Torres.

Quem procurar a Igreja, o Hospital e o Cemitério só encontrará o atual estacionamento. Todo o complexo foi demolido depois da transferência, em 1948, para o endereço atual (Av. Pelinca e Voluntários da Pátria). Não sou capaz de informar a solução que encontraram para o cemitério.

O novo complexo da Santa Casa de Misericórdia de Campos, década de 40



(O novo Prédio da Santa Casa de Misericórdia já concluído/ foto: Ralph Braz)
(foto: Ralph Braz)
A bela Igreja só existe nas fotos, sendo substituída por uma construção menos imponente e menos importante cultural e artisticamente em outro endereço. Uma jóia religiosa se perdeu e sobre o que outrora foi um campo santo, hoje repousam apenas veículos.

Terreno onde era o prédio da Santa Casa de Misericórdia (demolido)

Futuras instalações do Edifício Garagem/ foto:divulgação

Um povo sem memória é um povo sem história. E um povo sem história está fadado a cometer, no presente e no futuro, a cometer os mesmos erros do passado. Toda semana estarei fazendo a minha parte de não deixar que o povo cometa os mesmos erros por falta de conhecimento; estarei também escrevendo a respeito de Vultos de Campos, onde falaremos de sua importância e feitos históricos para sociedade de Campos dos Goyatacazes, do Estado do Rio de Janeiro e do País.




Fonte: Blog  Pense diferente