Os funcionários do consórcio A.R.G. Civilport e da A.R.G., que trabalham nas obras do Porto do Açu em São João da Barra, continuam a paralisação que teve início às 5h, desta segunda-feira (27/02) e permanecem impedindo o fluxo de veículos para o Porto. Depois de uma reunião na sede do Ministério do Trabalho de Campos (MTE) na tarde desta terça-feira (28/02), os representantes do Sindicato da Construção Civil divulgaram o fim da paralisação, mas a proposta não foi aceita pelos funcionários que permanecem acampados nos acessos ao Porto do Açu e garantem que só deixaram o local após acordo.
De acordo com o vice-presidente do da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), Manoel Luiz de Almeida Vicente, a proposta feita pela empresa e assinada durante a reunião, não foi aceita pelos funcionários. “O acordo fechado entre a empresa e os representantes do sindicato, foi passado para os funcionários na tarde desta terça-feira (28/02), e, como nenhum dos funcionários teve participação direta nesta negociação, os termos não foram aceitos, por isso a decisão é manter a paralisação até que a empresa venha negociar”, disse Luiz, que levou a equipe de reportagem até os ônibus onde fez questão de mostrar condições dos veículos que colocam em risco a vida de seus usuários. Os pneus do ônibus que está atravessa na pista foram esvaziados.
Segundo os funcionários, só nesta terça-feira (28/02) os cerca de 2 mil operários da empresa não trabalharam nas obras do Porto do Açu, e para a quarta-feira (29/02) a intenção dos manifestantes é impedir que qualquer trabalhador possa seguir para as obras, até mesmo os das demais empresas que já estariam sendo avisados.
Para isso cerca de 400 funcionários se alternam na paralisação dos acessos ao Porto. Um ônibus está atravessado na pista, e outros 30 coletivos estão estacionados às margens da rodovia estadual.
A Polícia Militar acompanha a manifestação pacificamente, em posto que fica há cerca de dois quilômetros do local onde o grupo está na pista. Os policiais estão orientando o trânsito e evitando que qualquer problema seja registrado no local.
fonte: site URURAU
foto:O Globo