quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Witzel e Crivella não se entendem sobre hospitais

(Fotos: Maíra Coelho e Daniel Castelo Branco / Agência O Dia)
O governador eleito Wilson Witzel (PSC) e o prefeito Marcelo Crivella apararam arestas em almoço no Palácio da Cidade nesta terça-feira. Crivella que na campanha o chamou de "idiota" por descartar possível participação de seu filho Marcelo Hodge Crivella no governo do então candidato ficou longe dos holofotes. No entanto, Witzel, que já avaliou a gestão do prefeito como "péssima", fez questão de revelar parcerias com o município do Rio. Porém, a devolução de dois hospitais ao estado pela prefeitura ainda não foi definida.

"Começamos a conversar hoje (ontem) sobre essa questão para uma rápida solução para o problema. Está no caminho", afirmou Witzel logo após receber a medalha do Mérito Judiciário no Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Em meio à crise na saúde, Crivella quer devolver os hospitais do estado assumidos pela prefeitura na gestão Eduardo Paes Albert Schweitzer e Rocha Faria , mas ainda sem acordo. O prefeito já chegou a ameaçar entrar na Justiça para deixar de administrar as duas unidades.

Witzel fez questão de anunciar a parceria com o município no programa Comunidade-Cidade, que pretende asfaltar ruas começando pela Rocinha, Vidigal, Rio das Pedras e Chapadão. "O prefeito apresentou proposta que soma a esta que é a Zona Franca Social, ou seja, tudo que for produzido na área da Rocinha vai ter ISS zero e eu vou providenciar que tenha ICMS zero", anunciou.


O governador eleito também alegou que vai lançar o projeto Resgate da Cidadania com 100 mil vagas para jovens em situação de risco. E amenizou o tom sobre abater bandidos. "Vamos investir nas comunidades. Ninguém vai por aí matando ninguém. o que não podemos permitir é que os bandidos continuem sambando na cara da polícia e façam as famílias reféns", declarou. Na semana passada, Witzel anunciou a utilização de atiradores de elite contra criminosos, os snipers, na denominação em inglês. A medida, no entanto, foi criticada por especialistas em segurança pública.

"Qualquer ato em desacordo com a lei tem que ser punido", completou o governador eleito. O próximo passo é encontrar com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). O ex-juiz estuda a hipótese de privatizar parcialmente a Cedae. "Não pode ter lucro enquanto as pessoas não recebem água e nem tem saneamento básico", justificou.





Fonte: O Dia