terça-feira, 3 de novembro de 2015

INTERVENÇÃO DA PREFEITURA DE CAMPOS DEVERIA SER NO HFM E NO HGG

(Fotos: Léo Barreto)
A cena é recorrente nos hospitais públicos de Campos e foi flagrada mais uma vez na tarde dessa segunda-feira (2): pacientes eram atendidos e estavam em repouso, sobre macas, nos corredores dos hospitais Ferreira Machado (HFM) e Geral de Guarus (HGG). Esse cenário persiste, mesmo após a Folha da Manhã ter publicado uma série de imagens com flagrantes dessa situação. A equipe de reportagem não conseguiu entrar no HFM, mas recebeu relatos de familiares de pacientes que estavam nos corredores. Apesar de a intervenção rosácea na Santa Casa de Misericórdia ter sido apontada como solução para o problema, a realidade mostra que não mudou muita coisa nos corredores dos hospitais.


Um dos pacientes que foram vistos nessa segunda-feira nos corredores do HGG era o mesmo que estava nesses corredores na semana passada. Tudo isso acontece após o secretário de Governo, Anthony Garotinho (PR), ter afirmado, em entrevista, que, sem dúvidas, os pacientes sairiam dos corredores dos hospitais. “Antes desse problema (ele faz referência à interrupção das internações na Santa Casa, que alegava dívidas da Prefeitura com a instituição), não tinha ninguém no corredor”, verbalizou Garotinho, no último dia 20, quando a Prefeitura entrou na Santa Casa, após um decreto baixado pela prefeita Rosinha Garotinho (PR).


Além de pacientes nos corredores, os setores de espera dos hospitais estavam tumultuados, com muitas pessoas esperando para serem atendidas e aguardando resultados de exames, que já atrasavam por mais de uma hora.




A intervenção da Prefeitura de Campos, apontada como solução para o problema de pacientes nos corredores, virou uma novela. Menos de 48 horas após o decreto da Prefeitura, o juiz Elias Pedro Sader Neto, da 1ª Vara Cível de Campos, devolveu a administração da Santa Casa à Junta Interventora. Rosinha recorreu ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho com pedido de uma liminar, que foi negada. A decisão de Sader teve efeito suspensivo, no entanto, assinado pelo desembargador relator da 11ª Câmara Cível do TJ, Fernando Cerqueira Chagas, na tarde da última quinta-feira.







Fonte: Folha da Manhã