quarta-feira, 22 de julho de 2015

NOVAS QUEIXAS DE PROBLEMAS NO HOSPITAL GERAL DE GUARUS

(Foto: Leitor)
Denúncias de problemas envolvendo a saúde pública de Campos já não são mais novidade há muito tempo. E mais uma vez o Hospital Geral de Guarus (HGG) é alvo de queixas que vão desde a sujeira à superlotação com pacientes nos corredores. Os próprios acompanhantes das pessoas internadas estariam cuidando da limpeza. As reclamações na maior unidade da margem esquerda do rio Paraíba do Sul são constantes e inclusive já levaram, em abril deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) a fazer uma inspeção no local, que contribuiu para que o órgão movesse uma ação contra a prefeita Rosinha Garotinho e o vice e secretário de Saúde, Dr. Chicão.

Desde a noite da última segunda-feira (20), a equipe de reportagem  tem recebido diversas imagens através do Whatsapp, revelando as péssimas condições de limpeza e conservação dos locais que deveriam ser genuinamente assépticos (livre de agentes causadores de doenças), no entanto o que pode ser constatado é bem diferente. A sujeira vai além dos corredores, onde vários pacientes estão em macas, e atinge até as enfermarias.

De acordo com os acompanhantes dos pacientes, os profissionais da limpeza, que seriam contratados pela empresa Nova Rio, estariam em estado de greve, em virtude da falta de salários. E esta não seria a primeira vez que o HGG teria problemas deste tipo. No último mês de junho, cerca de 70 funcionários da empresa terceirizada da prefeitura de Campos, cruzaram os braços por seis horas, e o motivo seria outra vez o não recebimento de seus vencimentos, o que foi solucionado dias depois para retorno das atividades, normalizando os serviços.

Como não bastasse toda a sujeira, os corredores da unidade hospitalar permaneceram cheios, evidenciando o colapso no sistema municipal de saúde.

Lixo e urina no chão, materiais espalhados, papéis higiênicos usados acumulados fora da cesta e roupas de cama utilizadas amontoadas no banheiro foram as principais causas de reclamações dos pacientes e acompanhantes que, na tentativa de amenizar o problema, tiveram de arregaçar as mangas e, ainda que não fosse a função prevista, limpar as unidades hospitalares, para que assim seus doentes tivessem melhores condições de tratamento e menos riscos a saúde.

A Folha tentou contato com a assessoria de imprensa da empresa responsável pelos serviços de limpeza do HGG, contratada pelo município, a Nova Rio, porém até o fechamento desta edição às 20h41, não foi obtido retorno.

Em nota, a superintendência de Comunicação municipal informou que a unidade hospitalar estaria mantendo diálogo com a empresa responsável pelo serviço de limpeza, na busca de uma solução definitiva.

Enquanto isso, o serviço de limpeza nos setores essenciais teriam sido retomados e o atendimento à população estaria sendo prestado.




Fonte: Folha da Manhã