quarta-feira, 8 de julho de 2015

NECO BLOQUEIA PROGRAMA SOCIAL DEVIDO A NÃO APROVAÇÃO DA ANTECIPAÇÃO DOS ROYALTIES

(Fotos: Ralph Braz)
O prefeito Neco (PMDB), de São João da Barra, anunciou na manhã desta terça-feira (7), durante entrevista a emissora de rádio comunitária Barra FM, o bloqueio do programa “Cartão Cidadão”, que, segundo ele, beneficia 4.905 sanjoanenses, com auxílio financeiro de R$ 230 para compras no comércio local. Ainda de acordo com o prefeito, isso custaria aos cofres públicos R$ 1.126.000,00 (um milhão cento e vinte e seis mil reais) por mês, pagos com recursos dos royalties. Segundo Neco, se o projeto de antecipação dos royalties, que foi enviado à Câmara e devolvido ao Executivo pelo presidente da Casa, Aluizio Siqueira (PMDB), não for aprovado, outros benefícios sociais serão suspensos.


— Se não houver essa antecipação dos royalties, com certeza vamos ter que cortar vários benefícios. A partir deste mês (julho), nós temos que bloquear o Cartão Cidadão, porque já não vamos ter mais esse recurso — afirmou Neco, que fez críticas à postura do presidente do legislativo, por não ter enviado o projeto às comissões antes de devolver à prefeitura.

Ainda de acordo com o prefeito, se o impasse não for resolvido, 403 famílias contempladas com o aluguel social, que custariam aos cofres do município algo em torno de R$ 200 mil, além de 850 bolsistas, que somados valores de mensalidade e passe de ônibus custam mensalmente cerca de R$ 800 mil, podem ter os benefícios suspensos. Os projetos também são pagos com recursos dos royalties.

Na questão política, Neco ressaltou que “o presidente da Câmara se juntou com a ex-prefeita do município” em uma campanha para que o projeto não fosse aprovado. Segundo ele, a antecipação dos royalties é necessária para repor as perdas que o município perdeu devido à crise nacional e a queda na arrecadação com os royalties.

Neco falou também que o valor deste empréstimo e os juros não estão definidos e qualquer valor divulgado não passaria de especulação. Com relação aos juros, o prefeito disse que pode ser de até 10%, mas não há definição. O primeiro passo seria a autorização da Câmara, para só depois o município negociar valores. Neco ainda conclamou os beneficiados para um “manifesto de união para que o presidente da Câmara se sensibilize” com a situação.