sexta-feira, 13 de março de 2015

SANTA CASA DE CAMPOS FECHA MATERNIDADE

(Foto: Ralph Braz)
A maternidade da Santa Casa de Misericórdia de Campos fechou as portas mais uma vez. A decisão foi tomada para que o hospital possa sanar as dívidas. O gasto mensal com a maternidade chegava a R$ 150 mil e o número de atendimentos era aquém para um rendimento satisfatório.

De acordo com a provedoria da Santa Casa, o hospital está sob intervenção do Ministério Público Estadual (MPE) e o provedor nomeado Paulo César Cassiano não está autorizado a dar entrevistas. Da primeira vez em que a maternidade foi fechada, em maio do ano passado, os serviços permaneceram suspensos por quatro meses, retornando em 1º de setembro. Agora, a maternidade voltou a fechar as portas sem prazo de retorno. O local vai se transformar em Centro Vascular para atendimento emergencial e neurológico.

Ainda de acordo com a provedoria, para chegar a um orçamento satisfatório, é necessária uma média de 120 atendimentos por mês, mas a unidade não ultrapassava os 40, gerando um déficit de quase R$ 80 mil mensais. O número de partos é bem menor do que os últimos 30 anos, sendo a demanda insuficiente para três unidades do município que oferecem o serviço na rede pública – Santa Casa de Misericórdia, Hospital Beneficência Portuguesa e Hospital dos Plantadores de Cana, referência para área de maternidade. Desta forma, a população carente que conta com o Sistema Único de Saúde (SUS) não está desamparada.

O jornal Terceira Via tentou contato por telefone com o diretor clínico e vereador Abdu Neme, sem obter sucesso.

Denúncia de irregularidades

Em dezembro, o Tribunal de Justiça (TJ/RJ) determinou o afastamento cautelar do provedor da Santa Casa de Misericórdia de Campos, Benedito Marques dos Santos. Segundo o TJ/RJ, Paulo César Barcelos Cassiano assume o cargo. A decisão foi proferida após três médicos, que foram demitidos há seis meses, terem procurado o Ministério Público Estadual (MPE) e denunciar a situação precária do hospital, que estaria ocasionando a morte de inúmeros pacientes por falta de medicamentos, exames e material para cirurgia.




Fonte: Terceira Via