sábado, 7 de junho de 2014

DELEGADO QUE INVESTIGA MORTE DE FOTÓGRAFO JÁ FALA EM OMISSÃO DE SOCORRO


O delegado titular da 9ª DP (Catete), Roberto Gomes Nunes, disse, nesta sexta-feira, ao site G1 já ser possível afirmar que houve omissão de socorro ao fotógrafo Luiz Claudio Marigo, de 63 anos, que morreu na última segunda-feira na porta do Instituto Nacional de Cardiologia, em Laranjeiras. Marigo estava num ônibus quando começou a sentir fortes dores no peito. Levado pelo motorista para a porta do hospital — que não tem setor de emergência e estava em greve —, ele não foi atendido.

Segundo o delegado, cinco pessoas já foram ouvidas: dois passageiros, o motorista e o cobrador do ônibus, além de um vigilante da unidade de saúde. De acordo com Nunes, a polícia investiga a responsabilidade de cada um no caso:

— Para os que estavam no plantão, já está caraterizada a omissão. Sobre a possibilidade de ser crime de homicídio, vamos apurar no decorrer da investigação.

Nunes afirmou ainda que qualquer pessoa tem o dever de prestar socorro, e que, nesse caso, a responsabilidade dos médicos é ainda maior. O delegado disse que, se qualquer testemunha tentar evitar o depoimento, poderá ser indiciada por falso testemunho.

Em nota emitida na segunda-feira, após um passageiro afirmar que mais de uma pessoa pediu socorro no INC, o instituto afirmou que só ia se manifestar novamente sobre o caso quando terminasse a investigação. A direção disse ainda que estava colaborando para que a apuração acabe o mais rapidamente possível.




Fonte: O Globo